Amamentação

 

Factos: a amamentação estreita o laço físico e emocional entre o bebé e a mãe e não tem custos associados (não é preciso aquecer e pode oferecer a qualquer hora e em qualquer lugar). O leite materno protege contra uma série de doenças e assegura em exclusivo o bom desenvolvimento do bebé até ao 6º mês, e a par da alimentação complementar, até aos 12-24 meses. A produção de leite materno assenta numa lógica de “procura → oferta”, ou seja, quanto mais amamentar, maior será a produção (especialmente à noite).

 

Contraindicações: diagnóstico de doença grave ou crónica debilitante; infeção VIH; toma de antineoplásicos, alguns anticonvulsivantes, entre outros (a equipa médica saberá aconselhar!); condições temporárias como varicela, herpes com lesões mamárias e tuberculose ou brucelose não tratadas; fenilcetonúria, galactosémia ou outra doença metabólica do bebé.

 

Recomendações nutricionais e alimentares:

– a lactante deve estar adequadamente nutrida e ter uma alimentação equilibrada e diversificada;

– a hidratação é fundamental: uma ingestão adequada deve rondar os 2,7L de água por dia;

– deve haver um reforço energético de 500 kcal por dia, o que significa comer, por exemplo, mais um lanche (1 pão com queijo + 1 chávena de leite) e ter o prato ligeiramente mais cheio ao almoço e jantar.

– recomenda-se um acréscimo de 19g de proteína por dia até ao 6º mês pós-parto: o lanche referido anteriormente já lhe vai dar esse acréscimo 😉

– aumentam as necessidades de vitamina A (presente em alimentos como fígado de vaca ou porco, a cenoura, batata-doce cremes vegetais, entre outros) e C (presente em alimentos como a laranja, o morango, o kiwi, entre outros).

 

Desmistificar:

– não há atualmente evidência robusta que comprove que evitar determinados alimentos  por parte da mãe melhore a cólica do lactente!! Não deve haver evição de qualquer alimento por parte da mãe que amamenta!

– é errado restringir ou evitar a ingestão de alimentos durante a amamentação, por estes poderem modificar negativamente o sabor do leite. Pretende-se exatamente o contrário: que o lactente vá contactando com a panóplia de sabores da sua mãe! A riqueza destas experiências sensoriais precoces leva a uma melhor aceitação da introdução dos primeiros alimentos, durante a diversificação alimentar (ex., sopa de legumes). A janela de oportunidades para experimentar novos sabores começa logo na barriga da mãe, promovendo uma maior aceitação de novos alimentos no futuro!

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