De repente, estar em casa com os nossos filhos – tarefa que habitualmente a maioria de nós gosta – tornou-se um motivo de ansiedade. Agora, todos os dias são sábado e domingo e não poder sair de casa pode até ser sufocante.

A relação entre ansiedade e comida está bem descrita e quantos de nós já não devorou uma tablete de chocolate ou o pacote de bolachas até ao fim em momentos de ansiedade ou frustração? Muitas vezes sentimo-nos culpados com o que comemos, daí a importância de criar e manter bons hábitos alimentares.

Uma dieta é um estilo de vida, não é um dia ou dois. Constrói-se ao longo do tempo, molda-se a nós, aos nossos gostos e à nossa relação com a comida. A maturidade alimentar consegue-se, ouvindo-nos a nós próprios e focando-nos nos nossos objetivos. Comer é mais do que matar a fome, é cultural e emocional, não deve ter por base comparações com vidas perfeitas pois pode ser frustrante.

Somos aquilo que comemos. E aquilo que comemos transforma-se diretamente nas nossas células, nos nossos tecidos, nos nossos órgãos.

Se não queremos transformar-nos no stresse ansiedade que nos rodeiam, criemos então esse laço positivo com os alimentos, até porque a mais recente evidência científica mostra que hábitos alimentares saudáveis, com uma oferta equilibrada de todos os nutrientes, promovem a saúde mental.

Por outro lado, a ciência mostra-nos que dietas ricas em gordura, em açúcar, com baixo teor de hidratos de carbono e abundantes em alimentos muito processados, na adolescência e na idade adulta, estão associadas ao desenvolvimento de depressão e aumento da ansiedade.

Por isso, nesta altura de maior ansiedade, mantenha rotinas, brinque com eles, cozinhe com eles e alimente-se com eles. Dê um bom exemplo, sempre, porque Eles vão copiá-lo na sua forma de estar e de se alimentar.

Moral da história, um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada, um bom aporte de proteína, frutas e legumes, com boas fontes de gordura e sem alimentos demasiado processados, podem não ser a solução para todos os problemas, mas certamente serão muito mais eficazes quando se trata de os prevenir!

De mãe para mãe!

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